Travessia Lençóis Maranhenses – MA

Se você quer saber como é travessia Lençóis Maranhenses, neste post vou trazer algumas dicas a respeito desse local incrível, duração, onde comemos, onde dormimos e com qual agência você pode contar para ter uma experiência completa, cheia de aventura, boas histórias e com guias super prestativos e que adequarão o trekking ao seu perfil. Vamos lá?!

Como chegar aos Lençóis Maranhenses

As cidades mais próximas são Santo Amaro e Barreirinhas, que servem de porta de entrada para o Parque. No entanto, os Lençóis Maranhenses abrangem também outros municípios, como Humberto de Campos e Primeira Cruz, estendendo-se por cerca de 155 mil hectares.

O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, obviamente, pertence ao Estado do Maranhão. Por isso, para chegar lá, primeiro você tem que chegar a umas das cidades bases do estado. Se você estiver em outra região do Brasil, aconselho pegar um voo até São Luís – MA.

Distâncias percorridas até o Parque

A aventura e a emoção de fazer a Travessia Lençóis Maranhenses começam assim que colocamos o pé fora de casa, com toda a expectativa da viagem. Ao passo que vamos sendo apresentados às maravilhas naturais dos pontos de entrada, como é o caso de Atins – MA, os sentimentos só aumentam. Para chegar ao município de Atins, é preciso passar por Barreirinhas, município base da região.

Para chegar em Barreirinhas, se você estiver em São Luís, capital do Maranhão, o percurso é feito de carro (ou outro transporte terrestre) e leva aproximadamente 4h. São cerca de 256 quilômetros pela BR-402.

Para chegar em Atins, você pode ir com a agência que contratou. A minha indicação de agência é a Tropical Adventure Expedições. A maneira mais comum para ir é por meio da voadeira, uma embarcação motorizada. Dessa forma, ao chegar na pequena vila de areia entre o mar e o rio, é possível notar o tanto que aquele lugar é especial. Para hospedagem por ali, indico a casa Tropical House Atins, também da agência Tropical Adventures. O lugar é lindo, super aconchegante, oferece café da manhã e proporciona uma experiência tão gostosa que dá vontade de morar ali.

Bom, a travessia Lençóis Maranhenses começa ali, em Atins.

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Travessia Lençóis Maranhenses

O trajeto total conta com cerca de 50 quilômetros, que são percorridos em três dias de muito suor, calor, areia e causando os melhores sentimentos! Nos três dias de travessia, fazemos o seguinte roteiro:

  • 1º dia: Atins – Baixa Grande
  • 2º dia: Baixa Grande – Queimada dos Britos3
  • 3º dia: Queimada dos Britos – Santo Amaro

De fato, tudo o que vivemos ali é incrível e especial demais. Ao longo deste relato, vou pincelando o que encontrei em cada um desses municípios e povoados.

Um fato que acredito importante dizer é que, ao longo da travessia, ou seja, de um ponto ao outro, não encontramos absolutamente nada. A vibe é meio deserta mesmo, por isso é bom ter em mente que você vai ficar andando um turno do dia (manhã), para poder chegar nos Oásis para descansar.

Primeiro dia da Travessia

No primeiro dia, de Atins até Baixa Grande, foram cerca de 14 km andando em 6 horas. A jardineira nos deixou no ponto onde não se pode mais entrar de automóvel. A parte da praia, que pode ser feita também a pé, resolvemos pular, pois não parecia agregar muito no trekking, a não ser aumentar a distância percorrida.

No trajeto, passamos por dezenas de lagoas e dunas. O interessante é que, por ser um local dentro do Parque que só pode ir a pé, não encontramos ninguém. Só passa ali quem está de fato fazendo o trekking. É muita conexão com a natureza e muito paraíso deserto no meio do caminho!

O primeiro oásis (assim chamamos as pequenas vilas no meio dos Lençóis) que alcançamos é Baixa Grande. Chegamos na hora do almoço e tivemos o restante do dia para descansar e curtir a beleza do local. No final da tarde, há sempre uma duna por perto para subir e ver o espetáculo do pôr do sol.

São poucas famílias que vivem ali e dormimos no redário ao lado de banheiros comunitários, e também ao lado do local onde fazemos nossas refeições. Aliás, almoço, jantar e café da manhã são os nativos que preparam para os trilheiros, então é comida caseira gostosa do rincão do Brasil.

Com o cansaço, é tempo de se deslumbrar com o céu, com a noite e suas incontáveis estrelas e dormir cedo, pois o próximo dia também será puxado.

Segundo dia da Travessia

Acordamos por volta das 4h30 da manhã para tomar um café reforçado, arrumar as coisas e partir. É importante que as caminhadas longas comecem cedo, a fim de evitar muitas horas de sol a pino.

O segundo dia tem mais paraísos desertos ao longo dos 14km de trekking. O bom dessa caminhada é que podemos parar para lanchar, descansar e curtir as lagoas que quisermos. Não há um roteiro específico que precise se prender. O guia saberá te conduzir pelo trajeto certo, e, aliás, é incrível ver como eles conseguem saber o caminho no meio de um deserto, mas isso não significa que haverá rigidez de agenda!

Depois de mais 6 horas de caminhada, chegamos à comunidade Queimada dos Britos, um local super aconchegante e com nativos acolhedores. Uma das curiosidades é que, até a época em que fui, lá moram apenas 19 famílias. Fica bem no coração do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses e, por ser tão pequenininha, é extremamente gostosa de conhecer!

Ficamos na casa do seu Raimundo e da Dona Joana. Queridos e receptivos, prontos para uma prosa repleta de histórias. Almoçamos e jantamos ali, comida caseira e gostosa, ao lado do riacho que corre (onde podemos tomar banho e lavar roupa, caso precise). Como na comunidade anterior, há banheiro ao lado do redário.

Lá na Queimada dos Britos, os povos locais vivem da pesca (o mar está a duas horas de caminhada) e também do turismo e da criação de gado e bodes. A comida deliciosa e simples, uma rede, uma conversa com nativos e uma linda natureza tornam a nossa estadia por lá muito incrível.

Eu sou uma amante do turismo de base comunitária e misturar em uma mesma viagem essa experiência (que é sempre muito engrandecedora) e trekking traz um mix de sentimentos e sensações indizíveis.

Terceiro dia de Travessia

No último dia, partimos da Queimada dos Britos até Santo Amaro, o destino final. Acordamos às 2h da manhã para começar o trekking ainda mais cedo. Como o trajeto do último dia é de cerca de 18 Km, quanto antes iniciar, mais seguro é. Lembro que logo depois de iniciarmos, por volta das 4h, fizemos uma pausa em uma duna para apreciar as estrelas de um céu que pouco se vê nas cidades. Como estamos imersos em um deserto, o que vemos ali não cabe em palavras! Mais um amanhecer nas dunas e mais lagoas lindas no meio do trajeto.

Esse terceiro dia é intenso e, sem sombra de dúvidas, o mais cansativo. Além da distância ser maior, paramos menos para chegar antes do sol castigar, por isso esse trekking é para quem gosta e tem experiência em caminhadas, pois são bem longas, mesmo parando para descanso, pois estamos no “meio do nada”, e é necessário estar com a mente boa para aguentar o cansaço físico.

Ressalva para a parada mais especial de todo o trekking: a lagoa mais profunda dos Lençóis e, para mim, uma das mais bonitas em que já fui. Lembro que já estávamos caminhando a 5 horas sem descanso e ao encontrar esse paraíso, foi um momento de extremo prazer e alívio para todos ali.

Chegamos na comunidade chamada Betânia, às margens do Rio Alegre, depois de 8 horas de caminhada e o barqueiro nos levou até um restaurante para almoçarmos deliciosamente bem e partirmos com a jardineira que nos esperava até Santo Amaro.

Depois de 3 dias de caminhada, dormir em um quarto em Santo Amaro nos faz valorizar pequenas coisas do dia a dia que não temos quando fazemos trekking. O descanso foi intenso e a sensação de terminar uma experiência dessa por um dos lugares mais incríveis do mundo é realmente maravilhosa!!!

Melhor época para realizar a travessia Lençóis Maranhenses

O período chuvoso na região dos Lençóis Maranhenses é de janeiro a meados de maio, fazendo as lagoas encherem e deixando a paisagem ainda mais atraente e encantadora. Por isso, a recomendação é que os turistas visitem o local entre os meses de junho e setembro. No entanto, nada impede que você faça a viagem em outra época; a diferença é que você pode encontrar lagoas mais vazias ou quase secas. Minha travessia foi feita no mês de junho.

Sobre o que usar e levar, minha dica é que você opte por equipamentos seguros, roupas de banho, muito protetor solar, roupas dry fit com proteção UV, chapéu e itens de higiene. Para caminhar, há pessoas que optam por irem descalças, o meu caso, e outras que vão de meia para evitar bolhas por conta do atrito da areia.

Para esse tipo de viagem, em que você irá caminhar por longas horas, em vários dias, eu recomendo que você seja minimalista em tudo. Pouca roupas, itens básicos de higiene pessoal e pronto!

Galeria de Fotos

Fonte: Levei na Viagem

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