Em destinos turísticos litorâneos, uma das principais atividades é o mergulho, ou scuba diving. Segundo a consultoria Future Market Insights, as vendas de turismo de mergulho aumentaram mais de 6% desde 2015, e há a expectativa de crescer outros 5% na próxima década.
Entusiastas dessa prática buscam por paisagens submarinas exuberantes, e a forma que algumas cidades encontraram de atraí-los foi naufragando uma aeronave. Atos do tipo estão se tornando cada vez mais comuns ao redor do mundo, com o propósito de simular cenas de guerra, como se o avião tivesse, de fato, caído há décadas, e criar recifes de corais artificiais.
Alguns exemplos reais de acidentes com aeronaves são um jato da Marinha Japonesa na costa de Palau, na Micronésia, e outro da fabricante Corsair Memory no Havaí, ambos da Segunda Guerra Mundial.
Já entre os casos de aviões com naufrágio simulado estão: um Airbus A300 (um dos maiores aviões subaquáticos) na costa do mar Egeu em Kuşadası, Turquia; um Boeing 737-200 na costa do Canadá; um Boeing 747 Jumbo na costa de Bahrein; um Boeing 727 em Mermet Springs, estado de Illinois, EUA; um Convair 240 na costa de Aruba; e um Dakota DC-3 na Turquia.
O Boeing 747 em Bahrein, por exemplo, já atraiu turistas de mais de 50 países desde sua inauguração, em 2019.
O procedimento para naufragar as aeronaves propositalmente demora até duas horas e meia. Para realizar o feito, é necessário utilizar uma embarcação transportadora e um guindaste. Algumas delas precisaram ser anexadas a materiais pesados, como alumínio (amigável ao mar), para afundar. Segundo as autoridades, revestimentos e peças que podem ser prejudiciais ao oceano são removidos.
Fonte: Época Negócios